O Twitter pretende abrir uma filial da companhia em São Paulo, segundo informações dadas pela executiva de suporte do site, Laura I. Gómez, ao jornal argentino "La Nación", nesta sexta-feira (8).
"O Brasil é o maior mercado internacional no Twitter depois dos Estados Unidos", declarou ela ao jornal.
Ela não precisou a data em que o escritório em São Paulo será aberto, contudo.
"Um em cada cinco membros [do serviço de microblogs] é da América Latina", disse a executiva. A região teve crescimento de 420% nos últimos seis meses, um dos mercados que mais avançou a nível global.
"Atualmente, 25% dos usuários do Twitter se encontram nos Estados Unidos. Os demais se concentram entre Europa, Ásia e América Latina", disse Gómez em um evento da Nokia, em São Paulo.
A executiva disse ainda que, nos próximos meses, a plataforma será traduzida para o português.
Empresas e grifes estão cada vez mais experimentando as redes sociais como plataforma de divulgação de seus produtos e até de comércio. Ganham um contato mais próximo com o cliente e este, por sua vez, aprende mais sobre os produtos e serviços da empresa. O tema foi discutido na conferência ad:tech London, realizada na semana passada.
Os números mostram a importância de Facebook, Twitter e assemelhados: pesquisa da Nielsen indica que 74% das pessoas que têm acesso à internet em todo o mundo usam redes sociais. E elas passam em média 5h27min33s por mês navegando nesses ambientes.
Cyril Zimmerman, presidente do Hi-media Group, dono do Fotolog no Brasil ( fotolog.com.br), disse que "as redes sociais são um grande shopping em que as empresas podem expor seus produtos para atrair o interesse do consumidor".
Nessa mesma linha de raciocínio, Shiva Rajaraman, gerente de produto do Twitter, lembra da forma escolhida pela Disney/Pixar para promover o filme "Toy Story 3". Em junho, a empresa foi pioneira ao usar o primeiro "trending topic" (assunto mais comentado) patrocinado. Um clique nele levava o usuário para tuítes que mencionavam o filme, da mesma forma que num TT normal.
"Agora, o que importa é a forma como se cria e compartilha conteúdo, e também como esse conteúdo torna nossas vidas mais simples e interessantes", avalia Chris Buckley, diretor da agência digital Five by Five.
E a experiência do cliente já está sendo mais interativa. Marcas como a Asos, que faz roupas, já estão colhendo os frutos: a empresa teve um aumento de 15% nas vendas depois que começou a interagir com os clientes no Facebook.
"As redes sociais representam a transição do modelo de publicidade de mão única para a conversa de mão dupla com o cliente. Isso adiciona valor ao produto e traz segurança ao consumidor", reforça Kristin Hersant, vice-presidente de marketing corporativo da StrongMail Systems, empresa especializada em marketing on-line.
Cerca de dez anos após o seu surgimento, os blogs --que já foram declarados como "mortos" em alguns cantos da internet-- poderão ser a bola da vez no conhecimento do futuro.
Baseada nesta opinião, a pesquisadora e artista Raquel Rennó afirma que a visualização de dados é a nova forma de conhecimento do futuro. Isso ocorre porque o excesso de informação é um dos pontos nevrálgicos da sociedade 2.0.
"Você não sabe o que ler. Tudo está disponível, é difícil selecionar o que ler e absorver", disse ela à Folha, durante o evento arte.mov no Museu de Arte Moderna em Salvador. Radicada em Barcelona, a brasileira também expõe no festival de arte eletrônica, cuja realização é da Vivo.
"A grande forma de poder do futuro será selecionar a informação. Relacionando informações, percursos, orientações de leitura, dizendo o que é importante ou não."
É daí que vem a importância dos blogueiros, segundo Rennó. "Eles vão selecionando e vão dizendo o que é importante. O blogueiro tem papel fundamental no conhecimento do futuro".
Já o sociólogo e pesquisador André Lemos, da Universidade Federal da Bahia e um dos nomes mais respeitados em cibercultura, diz que a sociedade vai ser reconfigurada a partir do acesso tecnológico.
"Não no sentido de aniquilação. Nossa civilização está se reconfigurando, a partir da esfera sócio-comunicacional. Assim como a imprensa moldou a democracia, há uma nova base sócio-técnica hoje", declara.
"É inerente dos sistemas digitais hoje: mapeamento via dispositivos móveis, coleta de dados do Google, perfis no Facebook. É justamente isso é o que revela a vida social hoje", apontou.
Hoje, o artista e ativista underground Mark Garret fala no simpósio do evento.
A Sharp anunciou nesta segunda-feira que lançará um serviço de livros eletrônicos e um computador em estilo tablet no Japão em dezembro, para concorrer com o iPad da Apple e o Reader, da rival Sony.
O leitor Galapagos, da Sharp, chegará às lojas em dezembro e inicialmente oferecerá acesso a cerca de 30 mil livros, revistas e jornais, anunciou a empresa em evento de lançamento em Tóquio. Ela planeja expandir suas ofertas para incluir filmes, música e jogos no ano que vem.
O lançamento do novo leitor surge quatro meses depois da chegada do iPad ao Japão e deve entrar em choque com um produto rival da Sony. As poderosas e conservadoras editoras japonesas vêm retardando os esforços para a criação de um mercado japonês de livros eletrônicos.
A Sharp antecipa vender um milhão de unidades de seu tablet, dotado apenas de acesso Wi-Fi, em 2011. O aparelho será acionado pelo sistema operacional Android, do Google, e terá versões com telas de 5,5 e 10,8 polegadas. A Sharp não revelou os preços.
A empresa também está considerando a possibilidade de lançá-lo no exterior e está negociando com a Verizon Communications, dos Estados Unidos, disse Masami Obatake, o diretor da divisão de comunicações da empresa, a jornalistas.
A Sony anunciou que lançará um leitor eletrônico e um serviço de livros eletrônicos no Japão até o final do ano, em cooperação com a operadora de telefonia móvel KDDI, o jornal Asahi Shinbun e a companhia gráfica Toppan Printing
O número de assinantes de TV por assinatura cresceu 2,9% em agosto, na comparação com julho, em 248.879, de acordo com dados divulgados nesta sexta-feira pela Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações). Com o resultado, o Brasil chegou ao oitavo mês do ano com 8,8 milhões de domicílios com o serviço, crescimento de 18,4% ante o mesmo período de 2009.
Considerando o número médio de pessoas por domicílio divulgado pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) --de 3,3 pessoas--, os serviços de TV por assinatura atingem, atualmente, mais de 29,2 milhões de brasileiros.
Os serviços de TV por Assinatura são prestados por sinais codificados por meio de diferentes tecnologias: meios físicos (TV a Cabo - TVC), micro-ondas (Distribuição de Sinais Multiponto Multicanais - MMDS) e satélite (Distribuição de Sinais de Televisão e de Áudio por Assinatura via Satélite - DTH).
Ainda de acordo com a Anatel, em agosto o serviço prestado por DTH cresceu 4,3%. Pela TV a cabo a expansão de assinantes foi de 2,1% e pela tecnologia MMDS houve queda de 1,4%.
Como consequência da expansão dos serviços de DTH nos últimos meses a participação da TV por Assinatura via satélite cresceu em relação aos serviços prestados via TV a Cabo e MMDS.
Em janeiro deste ano, os serviços de DTH representavam 37,4% e os serviços prestados via TV a Cabo eram 57,9% dos serviços de TV por Assinatura. Ao fim de agosto de 2010, a participação dos serviços via satélite atingiu 42,8% da base e os a cabo passaram a atender 53,5% dos assinantes.